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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Temores

Na sala escura só o brilho da TV permitia a visão dos acontecimentos. Em um sofá estava ele, deitado, assistindo um programa qualquer de TV.
Do quarto poderia se ouvir seus suspiros, aqueles que demonstram que alguém não está satisfeito e faz questão de demonstrar sua insatisfação.
Na cama, deitada, ela, virava de um lado para o outro. Sem sono, tensa, diante do conflito que enfrentara, sem conseguir um ponto de paz.
Em segundos pode visualizar todo seu passado. As inúmeras noites de insônia, os soluços ao pé da cama, as orações desesperadas por um livramento.
Os anos passaram depressa. Ela enfim pensara que seu passado fora enterrado juntamente com suas dores e ais.
Mas o sofrimento insistia em voltar, como se aquele peito lhe pertencesse, como se aquela alma fosse-lhe subjugada.
Amanhece e o dia recomeça. No peito, forte, permanece a dor. Mas a luz do dia espanta os maus sentimentos e a correria não oferece tempo para cultivar a dor.
Contudo o relógio corre.
A tarde chega.
A noite aproxima.
E só Deus sabe o que as próximas horas lhe reservam...

2 comentários:

  1. Estamos um tanto sentimental hoje não?????? Realmente, "Dormientibus non sucurrit jus", o direito não socorre aos que dormem. Portanto, arregace as mangas e vamos a luta, que ainda tem muito que se fazer!!!

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  2. Pois é meu caro amigo, as vezes as circunstâncias da vida nos gritam para parar. Mas nestas horas é que devemos travar nossas guerras e continuar!

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